sexta-feira, 8 de julho de 2016

RESUMO DA DISCIPLINA ESCRITA EM LÍNGUA POTUGUESA

CURSO DE LETRAS – LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS
RESUMO DA DISCIPLINA ESCRITA EM LÍNGUA POTUGUESA

A “época das luzes” para o estudo das linguagens foi o séc. XIX, em que o linguista Ferdinand de Saussure iniciou a Linguística Contemporânea. Percebeu-se, então, que temos uma língua que se relaciona com o mundo real, com os objetos e sons, valorizando as condições de produção, isto é, valorizando a comunicação e não necessariamente o uso da língua padrão.
A partir dos estudos de Saussure, foi possível identificar os princípios comuns a todas as línguas, os princípios linguísticos: Variação linguística; Dupla articulação; Singularidade; Universalidade; Sistematicidade; Processo analógico; Criatividade Linguística.
Variação linguística: remete ao fato de todas as línguas variam no tempo e no espaço.
Dupla articulação: estabelece que todas as línguas têm duas articulações. A primeira se refere às palavras, razão pela qual é uma lista aberta, ou seja, sempre se pode acrescentar novas palavras. A segunda se refere aos sons da língua e caracteriza uma lista fechada, porque não se pode criar novos sons para a língua.
Singularidade: todas as línguas articulam as suas estruturas de forma própria, singular.
Universalidade: Todas as línguas têm substantivo, todas possuem o som /a/ etc.
Sistematicidade: todo falante, ao adquirir uma língua, aprende toda a estrutura dessa língua.
Processo analógico: o falante tende a tornar regulares as irregularidades da língua.
Criatividade Linguística: somente o homem é capaz de criar novas estruturas para descrever situações atípicas.

Variação regional são as manifestações da língua portuguesa diferentes entre os estados e regiões. A língua está sempre em constante mutação, podendo variar entre as regiões do país e até mesmo entre regiões de uma mesma cidade, em diferentes meios sociais.

Nossa língua tem seis níveis. A culta ou padrão, a coloquial, a vulgar ou inculta, a regional, a grupal técnica e a grupal de gírias.

Seis funções da linguagem

Referencial: Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere.
Apelativa ou conativa:  Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.
Metalinguística: Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.
Emotiva ou expressiva: Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.
Fática: Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo? ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende? não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.
Poética: É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade.
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            Texto é a organização de um pensamento em torno de uma ideia central, o que o torna responsável pela organização da linguagem como um todo, com o fim de estabelecer sentido.
            Textualidade são as características que permitem que um texto seja texto e não apenas um monte de frases soltas sem sentido ou conexão.

Condições para a textualidade.

Intencionalidade: qualquer enunciado surge por um motivo, uma necessidade de comunicação ou uma intenção.
Aceitabilidade: comunicação escrita que visualiza a passagem e melhor acesso de informações.
Situcionalidade: tem função de adequar um texto a uma situação, ao contexto.
Informatividade: informações novas.
Intertextualidade: um texto sempre haverá ligações com outros textos.

Coesão: é a relação entre as partes do texto que devem ser interligadas por meio dos recursos linguísticos adequados, no caso os elementos coesivos como as preposições, as conjunções, os pronomes e os advérbios. Também pode-se dizer que são os mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases e parágrafos.

Coerência: é a relação entre os pensamentos, ideias e conteúdos encadeados em um texto, ou seja, refere-se a significação do texto, e não mais dos elementos estruturais que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente.
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Frase: é um enunciado com sentido completo, isto é, uma palavra pode ser uma frase se ela tiver um sentido completo.
           
Oração: é uma frase que geralmente apresenta um ou mais verbos.
           
Parágrafo: é composto por mais de uma oração, formando uma cadeia de ideias.
                       
Paráfrase: é uma atividade de reformulação das partes ou da totalidade de um texto. É um mecanismo sintático que cria alternativas de expressão para um mesmo conteúdo.
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Língua Falada e Língua Escrita

Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:
Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.
Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola.
Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.
Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.
Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta.
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Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal ou nominal.

Concordância verbal: diz respeito ao verbo em relação ao sujeito, o primeiro deve concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª) com o segundo, ou seja, ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito.

Concordância nominal: diz respeito ao substantivo e seus termos referentes: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Essa concordância é feita em gênero (masculino ou feminino) e pessoa, ou seja, se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se da relação entre nomes.

Flexão dos Adjetivos
O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, classificam-se em:

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por exemplo:
ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.

Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. Por exemplo:
o moço norte-americano, a moça norte-americana.

Exceção: surdo-mudo e surda-muda.

Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo:
homem feliz e mulher feliz.

Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Por exemplo:
conflito político-social e desavença político-social.

Número dos Adjetivos
Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos simples.
Por exemplo:
mau e maus
feliz e felizes
ruim e ruins
boa e boas

Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza.

Veja outros exemplos:
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

Adjetivo Composto
Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável.

Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável.

Por exemplo:
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Obs.:
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.

- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.

Grau do Adjetivo
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.

Comparativo: nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo:
  
1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade

No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.

2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De Superioridade Analítico
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou "mais...que".

3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sintético
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:

bom-melhor    pequeno-menor
mau-pior         alto-superior
grande-maior  baixo-inferior
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As vírgulas e os porquês são elementos de estruturação do texto e de criação de sentidos, então o uso inadequado impacta diretamente na compreensão.

Vírgula

A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do período. Geralmente é usada:

·         Nas datas, para separar o nome da localidade.
Por Exemplo:
São Paulo, 25 de agosto de 2005.

·         Após os advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase.
Por Exemplo:
Você gostou do vestido?
Sim, eu adorei!
Pretende usá-lo hoje?
Não, no final de semana.

·         Após a saudação em correspondência (social e comercial).
Exemplos:
Com muito amor,
Respeitosamente,

·         Para separar termos de uma mesma função sintática.
Por Exemplo:
A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal.

Obs.: a conjunção "e" substitui a vírgula entre o último e o penúltimo termo.

·         Para destacar elementos intercalados, como:
a) uma conjunção, por exemplo:
Estudamos bastante, logo, merecemos férias!

b) um adjunto adverbial, por exemplo:
Estas crianças, com certeza, serão aprovadas.

Obs.: a rigor, não é necessário separar por vírgula o advérbio e a locução adverbial, principalmente quando de pequeno corpo, a não ser que a ênfase o exija.

c) um vocativo, por exemplo:
Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado.

d) um aposto, por exemplo:
Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular.
e) Uma expressão explicativa (isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc.), por exemplo:
O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípio em Deus.

·         Para separar termos deslocados de sua posição normal na frase.
Por Exemplo:
O documento de identidade, você trouxe?

·         Para separar elementos paralelos de um provérbio.
Por Exemplo:
Tal pai, tal filho.

·         Para destacar os pleonasmos antecipados ao verbo.
Por Exemplo:
As flores, eu as recebi hoje.

·         Para indicar a elipse de um termo.
or Exemplo:
Daniel ficou alegre; eu, triste.

·         Para isolar elementos repetidos.
Exemplos:
A casa, a casa está destruída.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!

·         Para separar orações intercaladas.
Por Exemplo:
O importante, insistiam os pais, era a segurança da escola.

·         Para separar orações coordenadas assindéticas.
Por Exemplo:
O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém.

·         Para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas orações alternativas.
Exemplos:
Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio.
Vá devagar, que o caminho é perigoso.
Estuda muito, pois será recompensado.
As pessoas ora dançavam, ora ouviam música.

Atenção

Embora a conjunção "e" seja aditiva, há três casos em que se usa a vírgula antes de sua ocorrência:
1) Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.
Por Exemplo:
O homem vendeu o carro, e a mulher protestou.

Neste caso, "O homem" é sujeito de "vendeu", e "A mulher" é sujeito de "protestou".

2) Quando a conjunção "e" vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto).
Por Exemplo:
E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.

3) Quando a conjunção "e" assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, consequência, por exemplo)
Por Exemplo:
Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

·         Para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais (quando estiverem antes da oração principal).
Por Exemplo:
Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir.
Quando voltei, lembrei que precisava estudar para a prova.

·         Para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Por Exemplo:
A incrível professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o conteúdo.

A crase

A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:

Vou a   a igreja.
Vou à igreja.

No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos:

Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.

No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.

 Duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a":

1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Veja os exemplos:

Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.

2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Veja os exemplos:

- Penso na aluna.
- Apaixonei-me pela aluna.

- Começou a brigar.   - Cansou de brigar.
- Insiste em brigar.
- Foi punido por brigar.
- Optou por brigar.

Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a", é preciso provar que existem os dois.


Emprego dos Porquês

POR QUE
A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo":
Exemplos:
Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.
Por que você comprou este casaco?

Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais). Exemplos:
Estes são os direitos por que estamos lutando.
O túnel por que passamos existe há muitos anos.

POR QUÊ
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico. Exemplos:
Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?
Será deselegante se você perguntar novamente por quê!

PORQUE
A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa. Exemplos:
Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.
Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?

PORQUÊ
A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). Exemplos:
Não consigo entender o porquê de sua ausência.
Existem muitos porquês para justificar esta atitude.
Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.

Veja abaixo o quadro-resumo:
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono26.php
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A LEITURA DE TODOS OS MATERIAIS É ESSENCIAL!
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Referências



LEÓN, B. G.; et. al. Comunicação e expressão. Curitiba: InterSaberes, 2013. 

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