Trabalho apresentado para o curso de Letras na disciplina de Literaturas em Língua Inglesa.
Espaço das Letras Encantado
Publicações sobre educação, literatura, língua - portuguesa, histórias e contos...
segunda-feira, 18 de março de 2019
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS: DERIVAÇÃO
Existem dois processos básicos
pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença
entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre
de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de
um radical.
DERIVAÇÃO
Derivação é o processo pelo
qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já
existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
Primitiva
|
Derivada
|
mar
|
marítimo, marinheiro, marujo
|
terra
|
terra enterrar,
terreiro, aterrar
|
Observamos que "mar"
e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário,
possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo.
Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de
prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os
exemplos:
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz
Derivação Sufixal ou Sufixação
Resulta de acréscimo de sufixo
à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de
classe gramatical.
Por Exemplo:
alfabetização
No exemplo acima, o sufixo
-ção transforma em substantivo o verbo
alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo
acréscimo do sufixo -izar.
A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
Por Exemplo:
papel - papelaria
riso - risonho
b) Verbal, formando verbos.
Por Exemplo:
atual - atualizar
c) Adverbial, formando advérbios de modo.
Por Exemplo:
feliz - felizmente
Derivação Prefixal e Sufixal
Ocorre quando a palavra
derivada resulta do acréscimo não simultâneo de prefixo e sufixo à palavra
primitiva.
Exemplos:
Palavra Inicial
|
Prefixo
|
Radical
|
Sufixo
|
Palavra Formada
|
leal
|
des
|
leal
|
dade
|
deslealdade
|
feliz
|
in
|
feliz
|
mente
|
infelizmente
|
Note que a presença de apenas
um desses afixos é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa
língua existem as palavras "desleal", "lealdade" e
"infeliz", "felizmente".
Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra
derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra
primitiva.
Considere, por exemplo, o
adjetivo "triste". Do radical "trist-" formamos o verbo
entristecer pela junção simultânea do prefixo
"en-" e do sufixo "-ecer". Note que a presença de
apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em
nossa língua não existem as palavras "entriste", nem
"tristecer".
Exemplos:
Palavra
Inicial
|
Prefixo
|
Radical
|
Sufixo
|
Palavra
Formada
|
mudo
|
e
|
mud
|
ecer
|
emudecer
|
alma
|
des
|
alm
|
ado
|
desalmado
|
Dica: para
estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética,
basta retirar o prefixo ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso,
observe se a palavra que sobrou existe; caso isso aconteça, será derivação
prefixal e sufixal. Caso contrário, será derivação parassintética.
Fonte:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf4.php
Encontros Vocálicos: Ditongo, Tritongo e Hiato
Na
língua portuguesa existem três encontros vocálicos: ditongo, tritongo e hiato.
O
ditongo, em específico, é a combinação em uma mesma sílaba de uma vogal junto a
uma semivogal. Para diferenciar uma vogal de uma semivogal é preciso ter
atenção na hora pronunciá-la e identificar se uma letra perde evidência –fica
“escondida” – ao lado de outra. Exemplo:
Caixa:
cai-xa (cai -> vogal: letra a e semivogal: letra i)
Quando:
quan-do (quan -> semivogal: letra u e vogal: letra a)
Fui: fui
(vogal: letra u e semivogal: letra i)
Conjuntamente
a vogal e semivogal, o ditongo também é classificado de quatro formas distintas
dependendo da pronuncia: oral, nasal, crescente e decrescente.
Ditongo oral: é encontro de duas vogais orais na
mesma sílaba. Exemplo: série, pouco, jeito.
Ditongo nasal: é encontro de duas vogais nasais ou de
uma vogal nasal com uma oral na mesma sílaba. Exemplo: pão, muito, mãe.
Para
entendermos como acontece a classificação de crescente ou decrescente, temos
que saber distinguir uma vogal de uma semivogal.
Toda
vez que uma vogal está sozinha na sílaba, ela classifica-se como vogal, mas
quando ela está junto a outra vogal ela pode ficar em menos evidência, mais
“fraca” ou “escondida”, estas são as chamadas semivogais.
Ex:
APAIXONADO:
neste caso a sílaba -PAI- contém duas vogais. A mais aberta ou “forte” é a
letra A, enquanto que a letra I é mais fechada e “fraca”. Neste caso, diz-se
que é a junção da vogal A + a semivogal I.
Ditongo decrescente: quando a primeira vogal do encontro
silábico é a mais forte, ou seja, É quando, na mesma sílaba, junta-se vogal +
semivogal. Ao todo, no português existem 17 ditongos decrescentes:
ãe: mãe
ai:
vaidade
ãi:
cãibra
ão: pão
au:
degrau
éi:
papéis
ei:
leite
?i:
vivem
éu: céu
eu: meu
iu: viu
õe:
limões
ói:
herói
oi: foi
ou:
louco
ui:
gratuito
?i:
muito
Ditongo crescente: quando a segunda vogal do encontro
silábico é a mais forte, ou seja, É quando há na sílaba a junção de semivogal +
vogal. Ao todo, no português existem 13 ditongos crescentes:
ea:
orquídea
eo:
níveo
ia:
várias
ie:
espécie
io:
curioso
ao:
mágoa
ua: água
uã:
araquã
eu:
equestre
u?:
frequente
ui:
tranquilo
u?:
pinguim
uo:
aquoso
Tritongo
É
a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa
ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Exemplos:
Paraguai
- Tritongo oral
quão -
Tritongo nasal
Hiato
É
a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas
diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
Por
Exemplo:
saída
(sa-í-da)
poesia
(po-e-si-a)
Saiba
que:
- Na
terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em
palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes.
- É
tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou
entre uma vogal e uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes, como em
ge-lei-a, io-iô.
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segunda-feira, 1 de agosto de 2016
“Detesto quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia”
“Detesto quem me
rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia”, sem estar
verdadeiramente comigo, sem prestar atenção no que falo, sem se importar com o
que sinto, sem sensibilidade para perceber quando quero chorar e sem graça para
rir junto comigo.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer um abraço, daqueles bem apertados que
estralam os ossos e nos deixam seguros. Odeio ter conversas rasas com pessoas
que falam sempre as mesmas coisas, que não conseguem ser profundas e têm medo
de expor as suas dores.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer um olhar sincero, daqueles tipo isca no
anzol da alma. Odeio ter que estar com pessoas que não conseguem olhar nos meus
olhos e ficam sempre a procurar um outro horizonte, como se o que eu dissesse
não fizesse o menor sentido.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer inquietação, sem provocar a minha
curiosidade, a minha fome em saber mais, o meu desejo de devorar tudo de forma
antropofágica.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer sua nudez, suas dores mais profundas,
escondidas nos cantos longínquos da alma, as frustrações que angustiam e
esmagam o peito, as feridas das quedas que tivera tentando subir a montanha.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer sua loucura, suas alegrias mais simples,
seus desejos mais profundos, seus sonhos impossíveis, seus pequenos pecados,
seus segredos mais ocultos, seus momentos de maior felicidades, suas piadas
menos engraçadas.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer uma canção espontânea, sem me oferecer uma
boa dose de existencialismo para que possamos divagar sobre o tempo, sobre o
sentido da vida, sobre os homens, sobre o amor, sobre Deus.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer seu ouvido para que eu saiba que existe
alguém disposto a me escutar, disposto a me entender, disposto a sentir a minha
dor e gozar com a minha alegria.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer até logo para que eu sinta saudade e nunca
perca a vontade de estar junto. Odeio quem chega à minha vida e logo se vai,
por vontade própria, como se eu fosse apenas uma ponte para se chegar a um
lugar.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer a verdade. A verdade que às vezes assusta e
outras tantas machuca. A verdade que precisa ser dita, ainda que se chore. A
verdade corajosa que quer ser sincera e não gosta de falar desviando os olhos.
Odeio relações de mentira, porque a verdade, mesmo quando dói, é una.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer profundidade, para que eu possa mergulhar
sem medo de esbarrar em alguma pedra, para que eu possa dançar na chuva sem
medo de pegar um resfriado, para que eu possa sentir a vulnerabilidade
inesgotavelmente valente de quem não quer lutar, mas vencer junto.
Odeio quem me rouba
a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia, sem me fazer sonhador
querendo ludibriar o tempo, para que possa esconder memórias tão belas onde
Cronos não possa acessar. Quando isso acontece, amo quem me rouba a solidão,
que se transforma em unidade, um pássaro encantado, que corta o céu e sob a
sombra serena de uma árvore busca repousar.
Escrito por Erick Morais
Adaptado por Josie Guioto
quarta-feira, 27 de julho de 2016
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